quarta-feira, 30 de junho de 2010

Por 7 votos a 1, STF nega pedido de intervenção federal no DF

Por sete votos a um, o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicionou contra a intervenção federal no DF. O presidente do STF e relator do pedido, Cezar Peluso, julgou improcedente a representação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Os ministros Dias Toffoli, Cármem Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Melo seguiram o voto do relator. Vice-presidente do Supremo, Ayres Britto foi o único a se manifestar a favor da medida.
Cezar Peluso considerou que não há mais elementos que justifiquem a intervenção no DF, medida descrita como "excepcionalíssima" e que "não se faz mais necessária". Segundo Peluso, a capital federal vive um contexto diferente daquele em que ocorreu o pedido de Gurgel, em fevereiro deste ano. O presidente do STF citou a prisão e afastamento definitivo do então governador José Roberto Arruda e a eleição indireta do atual governador Rogério Rosso, que, segundo ele, vem administrando o governo local com normalidade.
Essa normalidade foi contestada por Ayres Britto. O ministro disse ter se informado sobre a administração de Rosso e ponderou: "Encontrei um estado de letargia, não funcionamento". Disse ainda que "o DF padece de leucemia ética, democrática e cívica no âmbito legislativo e executivo".
Gilmar Mendes, que chegou a dizer, enquanto presidente do STF, que a capital vivia uma metástase intitucional, ressaltou o caráter radical do processo interventivo. Ele citou a perda da autonomia da unidade da federação e o fato de a intervenção dar poderes legislativos ao interventor.
Marco Aurélio Mello concordou que medidas saneadoras foram implementadas. Ele argumentou que uma intervenção às vésperas das eleições causariam "transtornos inimagináveis" ao DF.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

(o conteúdo desta informação foram cedidas ou copiadas)