Pode
um cidadão eleito presidente e pertencente à classe média baixa, se tornar, em
dois mandatos presidenciais, em um bilionário apenas com seus rendimentos e
benefícios do cargo?
A
resposta é sim. O ex-presidente Lula é um suposto e exemplar caso desse milagre
financeiro, tendo-se como base as denúncias recorrentes já feitas pela mídia.
Conforme
amplamente noticiado em algumas ocasiões uma conceituada revista - a Forbes – trouxe
à tona esse tema, reputando a Lula a posse de uma fortuna pessoal estimada em
mais de R$ 2 bilhões de dólares, devendo-se ressaltar que a primeira denúncia
ocorreu ao que tudo indica em 2006, o que nos leva a concluir que a
“inteligência financeira do ex-presidente” já deve ter mais que dobrado esse
valor, na falta de uma contestação formal e legal do ex-presidente contra a
revista.
Estamos
diante de um suposto caso em que o silêncio pode ser a melhor defesa para não
mexer na panela apodrecida dos podres Poderes da República, evitando as
consequências legais pertinentes e o inevitável desgaste perante a opinião
pública.
Nesta
semana a divulgação pelo Wikileaks de suspeitas - também já feitas
anteriormente - de subornos envolvendo o ex-presidente nas relações de compras
feitas pelo desgoverno brasileiro em relação a processos de licitações
passados, ou em andamento, nos conduz, novamente, e necessariamente, a uma
pergunta não respondida: como se explica o vertiginoso crescimento do
patrimônio pessoal e familiar da família Lula?
O
que devem estar pensando os milhares de contribuintes que têm suas declarações
de renda rejeitadas e são legalmente, todos os anos, obrigados a dar as devidas
satisfações à Receita Federal sobre crescimentos patrimoniais tecnicamente
inexplicáveis, mas de valor expressivamente menor do que o associado ao
patrimônio pessoal e familiar do ex-presidente?
A
resposta é simples e direta: tudo isso nos parece ser uma grande e redundante
sacanagem com todos aqueles que trabalham fora do setor público - durante mais
de cinco meses por ano - para ajudar a sustentar aquilo que a sociedade já está
se acostumando a chamar de covil de bandidos.
A
pergunta que fica no ar é sobre que atitudes deveriam e devem tomar o
Ministério Público, a Receita Federal, o Tribunal de Contas e a Polícia Federal
diante de supostas e escandalosas evidências de enriquecimento ilícito de
alguém que ficou durante dois mandatos consecutivos no cargo de Presidente da
República?
Na
falta de atitudes investigativas ou consequências legais, como sempre, a
mensagem que o poder público passa para a sociedade é de uma grotesca e
sistemática impunidade protetora de todos, ou quase todos, que pactuam com a
transformação do país em um
Paraíso de Patifes.
No
Brasil, cada vez mais, a corrupção compensa e as eventuais punições já viraram
brincadeira que nossa sociedade, no cerne dos seus núcleos de poder públicos e
privados aprendeu: a impunidade a leva a se nivelar por baixo aceitando que
roubar o contribuinte já se tornou um ato politicamente correto para que a o
projeto de poder do PT – um Regime Civil Fascista fundamentado no suborno e em
um assistencialismo comprador de votos – siga inexoravelmente avante.
A
omissão do Poder Público diante da absurda degeneração moral das relações
públicas e privadas somente nos deixa uma alternativa de qualificação: estamos
diante do Poder Público mais safado e sem vergonha de nossa história.
A
propósito quem roubou o crucifixo do gabinete presidencial no final do
desgoverno Lula?