quarta-feira, 9 de março de 2011

UM MITO CHAMADO BEIJA-FLOR

Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis é uma escola de samba do Rio de Janeiro, campeã treze vezes do Grupo Especial do Carnaval Carioca. Está localizada na rua Pracinha Wallace Paes Leme,1025 no município de Nilópolis, Baixada Fluminense.
Por vezes é chamada informalmente de Beija-Flor de Nilópolis, numa referência à sua cidade de origem, porém esta denominação não é oficial.
Ao todo, a Beija-Flor venceu 12 dos desfiles de carnaval do Rio de Janeiro, nos anos de: 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008 e 2011. Foi vice campeã outras 11 vezes, nos anos de : 1979, 1981, 1985, 1986, 1989, 1990, 1999, 2000, 2001, 2002 e 2009.
Atualmente, a comissão de carnaval da Beija-flor é composta por: Laíla, Alexandre Louzada, Fran-Sérgio Ubiratan Silva e Victor Santos.
A Beija-Flor foi formada por um bloco carnavalesco, de Nilópolis, no dia 25 de Dezembro de 1948, por um grupo formado por Milton de Oliveira (Negão da Cuíca), Edson Vieira Rodrigues (Edinho do Ferro Velho), Helles Ferreira da Silva, Mário Silva, Walter da Silva, Hamilton Floriano e José Fernandes da Silva.
Mas foi a mãe de Negão da Cuíca, Dona Eulália, que sugeriu o nome da agremiação, o que lhe valeu o direito de ser admitida como fundadora. O nome foi inspirado no Rancho Beija-Flor, que existia na cidade de Valença, na região serrana do Rio.
Somente em 1953, o bloco, que virou um vitorioso no bairro, se transformou em escola de samba, fazendo o seu primeiro desfile oficial em 1954 pelo Segundo Grupo, quando obteve a primeira colocação. Vice-campeã do segundo grupo novamente em 1962, foi novamente rebaixada após o décimo e último lugar de 1963. Em 1964, amargou novo rebaixamento, indo para na terceira divisão do carnaval.
Após vários anos pelas divisões inferiores, apenas em 1973, quando apresentou um enredo sobre a educação, conquistou o vice-campeonato do segundo grupo, conquistando novamente o acesso à divisão principal.
A história da agremiação, pode ser dividida em duas partes: antes e depois de Joãosinho Trinta, que assumiu o cargo de diretor em 1976, com um enredo em homenagem ao jogo do bicho. Os desfiles assinados são considerados pela maior parte da crítica como antológicos, pois mesmo quando não vencia, provocava admiração nos espectadores.
Foi o que aconteceu em 1989 quando a escola, conhecida pelo luxo de suas alas e alegorias, surpreendeu o público com o enredo "Ratos e urubus, larguem a minha fantasia" levando para o Sambódromo carros e alas repletos de lixo, além de uma réplica do Cristo Redentor.
Após uma ação judicial proposta pela Igreja Católica, a imagem foi proibida pela Justiça, e a alegoria passou pelo desfile coberta por um plástico, a frente do qual se podia ler "mesmo proibido, olhai por nós". Naquele ano a Beija-Flor ficou com o segundo lugar, mas Joãosinho foi considerado por algumas pessoas o campeão moral do desfile.
No carnaval de 1992, um casal desfilou completamente desnudo. Joãosinho Trinta foi levado a Delegacia de Policia, onde alegou que era uma homenagem a obra de Leonardo Da Vinci.
Após a saída do carnavalesco, após o carnaval de 1992, a escola colocou no posto Maria Augusta (1993) e o jovem Milton Cunha (1994-1997).
Com a criação de uma comissão de carnaval, em 1998, a escola voltou a vencer um campeonato, empatada com a Mangueira. Este título à época foi contestado, ja que especialistas até hoje entendem que a Mangueira deveria ter sido declarada campeã sozinha, pois sem o descarte de notas, a Beija-Flor seria apenas vice, e esse deveria ser o critério de desempate.
Parabéns Beija-Flor!

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